Benefícios da Compressão após a Trombose Venosa Profunda
A probabilidade de obstrução venosa residual (OVR) é reduzida com a compressão imediata após o diagnóstico de trombose venosa profunda (TVP), aponta um estudo publicado on-line no Blood.
O objetivo dos pesquisadores era examinar se a terapia de compressão, imediatamente após o diagnóstico de trombose venosa profunda, afeta a ocorrência de obstrução venosa residual. Foram coletados dados de 592 pacientes adultos de 10 centros acadêmicos e não acadêmicos na Holanda. Os pacientes tiveram confirmada objetivamente a trombose venosa profunda proximal da perna. Um grupo recebeu terapia de compressão na fase aguda (dentro de 24 horas do diagnóstico) e outro grupo não recebeu esta terapia. A compressão oferecida através de bandagem multicamada ou meias elásticas.
O tempo médio desde o diagnóstico até a avaliação da obstrução venosa residual foi de 5,3 meses. Os pesquisadores descobriram que a porcentagem de pacientes com obstrução venosa residual foi significativamente menor entre aqueles que receberam terapia de compressão imediatamente após o diagnóstico de trombose venosa profunda (46,3% versus 66,7%; odds ratio, 0,46). Pacientes sem obstrução venosa residual apresentaram menor prevalência de síndrome pós-trombótica (46% versus 54%; odds ratio, 0,65).
“Os autores concluíram que a compressão imediata deve, portanto, ser oferecida a pacientes com trombose venosa profunda aguda da perna. É claro que novos estudos devem ser feitos para confirmar esse benefício, nem todos os indivíduos podem usar compressão elástica nas pernas, mas há um primeiro indício de que pacientes com trombose venosa podem se beneficiar da compressão na fase aguda da doença”, explica o cirurgião vascular, Prof. Dr. Antonio Zerati.