Serena Williams: Parto e Embolia Pulmonar

 

Nem mesmo Serena Williams está imune às complicações e desafios que as novas mães enfrentam durante e após o parto.

Em uma reportagem de capa da revista Vogue, Williams, que detém 23 títulos do Grand Slam – alguns a chamam de super-heroína, outros de rainha do tênis – compartilhou sua agonizante experiência pós-natal, incluindo um episódio em que funcionários do hospital não levaram em conta sua preocupação: a de que ela estava experimentando uma embolia pulmonar, um súbito bloqueio de uma artéria no pulmão por um coágulo de sangue. Ela é propensa a esses coágulos, uma condição que quase a matou em 2011.

“Serena vive com medo de coágulos de sangue”, revela o artigo da Vogue. Em 2 de setembro de 2017, um dia após o parto de sua filha por cesariana, Williams estava com dificuldades para respirar e “imediatamente reconheceu que estava tendo outra embolia pulmonar”, diz o artigo.

Ouvir os Pacientes

A necessidade de garantir que os médicos respondam às preocupações das novas mães ganhou atenção nos últimos anos. A campanha  “Pare. Veja. Escute!” , por exemplo, lançada em 2012, tem como objetivo capacitar as mulheres a relatar problemas médicos relacionados à gravidez e aumentar a conscientização e a capacidade de resposta entre os profissionais de saúde.

Cerca de 700 mulheres morrem, a cada ano, nos Estados Unidos, como resultado de complicações na gravidez ou no parto, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças. As complicações afetam mais de 50.000 mulheres anualmente. E o risco de morte relacionada à gravidez é de três a quatro vezes maior para as mulheres negras do que para as mulheres brancas, informa o C.D.C.

Consequências da Trombose

Para Williams, os coágulos foram apenas o começo de suas complicações. Nos dias seguintes ao parto, ela teve crises de tosse severa – resultado da embolia – que fizeram com que a ferida de sua cesariana se abrisse. Ela retornou à sala de cirurgia, onde os médicos encontraram uma grande hemorragia em seu abdômen. Ela  então teve que se submeter a um procedimento que evitasse que mais coágulos se desalojassem e viajassem para seus pulmões.

Com tudo isso, Williams ficou de cama nas primeiras seis semanas de maternidade. Complicações com risco de vida na sala de parto e durante a recuperação são muito comuns – particularmente entre as mulheres negras e hispânicas.

“Precisamos trabalhar mais para melhorar a comunicação entre pacientes e seus prestadores de saúde”, afirma o cirurgião vascular, Prof. Dr. Antonio Zerati.

 

Fonte: Blog Well (The New York Times)

Prof. Dr. Antonio Zerati

Por:

ANTONIO EDUARDO ZERATI – CRM 87065 CIRURGIÃO VASCULAR E ENDOVASCULAR; DOUTOR EM CIÊNCIAS PELA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; PROFESSOR LIVRE-DOCENTE PELA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; SÓCIO TITULAR – SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANGIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR (SBACV) http://sbacvsp.com.br/; MEMBRO DA SOCIETY FOR VASCULAR SURGERY (EUA) https://vascular.org/.

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