Tratamento de Isquemia: Avaliação do Fluxo Sanguíneo é Fundamental

Técnicas não invasivas e dispositivos para avaliar o fluxo sanguíneo e outras considerações diagnósticas para pessoas com isquemia crítica de membros são abordados em uma nova declaração científica da American Heart Association, publicada no principal periódico da Associação, o Circulation.

A declaração fornece uma perspectiva sobre as forças e limitações das técnicas de imagem atuais, incluindo o índice tornozelo-braquial, índice braquial do dedo do pé, pressão sistólica do dedo, oximetria transcutânea (TcPO2) e pressão de perfusão da pele (SPP). Também examina ferramentas como o Doppler a laser, dispositivos de geração de imagens speckle e outros, além de identificar oportunidades de melhoria tecnológica e reduzir as disparidades na detecção e no tratamento.

“Os autores observaram diferenças sexuais e étnicas na forma como a isquemia crítica do membro é diagnosticada, condições coexistentes e disparidades no tratamento. As mulheres são mais propensas a sofrer hospitalização de emergência, têm diferenças no fluxo sanguíneo e taxas mais altas de incapacidade e morte”, afirma o cirurgião vascular, Prof. Dr. Antonio Zerati.

Pacientes negros e hispânicos com isquemia crítica de membros são mais propensos a ter diabetes, doença renal crônica e a desenvolver gangrena. Os pacientes brancos são mais propensos a ter úlceras e dor em repouso, que é um sinal grave de circulação deficiente. Os pacientes negros também são 78% mais propensos a fazer uma amputação de membros inferiores por isquemia crítica em comparação com seus pares brancos, mesmo após ajuste para status socioeconômico, acesso a instalações com serviços de revascularização e outros fatores.

A isquemia crítica dos membros é a forma mais grave de doença arterial periférica (DAP), que afeta cerca de 12 milhões de americanos. Ocorre quando as artérias que levam sangue às pernas ficam estreitas ou bloqueadas. A condição pode levar à gangrena, feridas que não cicatrizam e amputações se o fluxo sanguíneo não for melhorado.

“Apesar da alta prevalência de isquemia crítica dos membros, as estratégias para avaliar o fluxo sanguíneo permanecem limitadas. As novas tecnologias oferecem oportunidades potenciais para melhorar a precisão e a qualidade do manejo crítico da isquemia dos membros, com o objetivo de detectar e tratar precocemente a doença circulatória, reduzindo amputações e incapacidades, bem como melhorando a qualidade de vida dos pacientes”, explica o Prof. Dr. Antonio Zerati.

Prof. Dr. Antonio Zerati

Por:

ANTONIO EDUARDO ZERATI – CRM 87065 CIRURGIÃO VASCULAR E ENDOVASCULAR; DOUTOR EM CIÊNCIAS PELA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; PROFESSOR LIVRE-DOCENTE PELA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; SÓCIO TITULAR – SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANGIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR (SBACV) http://sbacvsp.com.br/; MEMBRO DA SOCIETY FOR VASCULAR SURGERY (EUA) https://vascular.org/.

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